Contra os enganos na venda de jóias, a Associação Portuguesa de Gemologia vai promover uma avaliação gratuita.
Se não sabe quanto valem as jóias de família que herdou e que guarda em casa há décadas, mas gostava de perceber se são verdadeiras preciosidades ou simples objectos com um enorme valor sentimental, tem uma excelente oportunidade para desfazer todas as suas dúvidas já no dia 15 de Maio. A Associação Portuguesa de Gemologia (APG) vai organizar em Lisboa, durante todo o dia, uma sessão de avaliação gratuita de jóias, gemas e pedras preciosas (ver caixa). O evento contará com a presença de um avaliador oficial da Casa da Moeda que irá estudar, classificar e passar certificados de garantia a todas peças que por ali passem.
José Baptista, presidente da APG e organizador da iniciativa - a primeira do género em Portugal -, explicou ao DN que o objectivo da avaliação gratuita de jóias é "elucidar as pessoas acerca do valor real das suas jóias". "Queremos evitar que estas pessoas sejam enganadas se quiserem vender as jóias."
"Numa altura de crise em que a necessidade de arranjar dinheiro tem obrigado cada vez mais pessoas recorrer à venda deste tipo de objectos como forma de enfrentar alguns apertos financeiros, penso que esta é uma iniciativa importante já que muitas pessoas acabam por ser 'enganadas' quando tentam vender as suas jóias", adiantou este responsável que é também avaliador oficial da Casa da Moeda e será o especialista de serviço no evento da APG.
Ao DN, José Baptista sublinhou que é exactamente para pôr um travão neste tipo de situações que decidiu avançar para esta iniciativa. Segundo explicou, a avaliação está aberta a todo o tipo de peças, desde alianças, fios ou jóias com gemas e pedras preciosas cravadas, ou mesmo só gemas.
De acordo com este especialista, os erros ou "enganos" de que fala explicam-se por várias razões: "Primeiro por falta de conhecimento do valor real das peças por parte dos proprietários" e, por outro lado, devido a "lapsos ou erros grosseiros na avaliação".
"A maioria das pessoas não faz ideia do valor que têm as jóias que possuem. Às vezes são peças históricas, muito bonitas e às quais atribuem muito valor, mas que na verdade não valem nada", explicou José Baptista. Noutros casos, salienta, "as pessoas não sabem que o que têm vale tanto dinheiro e depois de uma avaliação mal feita acabam por sair a perder".
Ao DN, o presidente da APG contou que antes de decidir avançar com esta iniciativa viu "centenas de disparates" no que diz respeito a avaliação. "Tenho visto jóias que valem 150 euros a serem vendidas por cinco mil euros, ou jóias que são muito valiosas a serem classificadas como peças sintéticas", revelou, sublinhando que "as pessoas compram ou vendem gemas sintéticas (valem, no caso dos rubis, por exemplo, cerca de 150 euros) pelo preço de verdadeiras (cerca de 7500 euros)". Tudo isto, diz José Baptista, devido a erros de avaliação.
Sobre estes "lapsos" na avaliação, o avaliador salienta, no entanto, que "não resultam exclusivamente de situações de má-fé por parte de quem avalia", mas antes do "profundo desconhecimento" que há sobre o tema, mesmo entre profissionais do sector. "Seja por que razão for, a verdade é que a maior parte das avaliações que são feitas não são fiéis e as pessoas acabam por sair defraudadas", lamentou.
Fonte: DN Bolsa/ Portugal
Data: 07/05/2010
onde fica o APG? Gostaria de avaliar uma esmeralda.
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