De rara beleza, o sutiã-joia tem nas pérolas sua força maior. "A pérola é uma representação do feminino. Ela surge como mecanismo de defesa de um corpo estranho. Para não morrer, a ostra reveste o invasor com camadas de nácar, resultando numa joia pronta, que dispensa a interferência humana para exibir sua beleza", define Adeguimar, cujo ateliê doou a peça para o Instituto. Segundo a artista, a situação adversa que gera a pérola pode ser comparada à de mulheres capazes de grandes transformações no transcurso da doença.
Bem ao centro do trançado onde pérolas de cor cinza foram minuciosamente colocadas, repousa uma etérea libélula, com asas feitas de conchas e corpo formado por granadas, esfênio e brilhantes. Reforçando o toque da natureza, as alças são de fibra de buriti retorcida. Tudo remete à leveza e ao feminino, fortes características da Coleção Goyanez, à qual a joia pertence. A coleção foi apresentada em 2009 na Villa Daslu, em São Paulo, e ganhou lançamento oficial na Casa Cor Goiás 2010.
De acordo com Adeguimar, o sutiã-joia exibido nos eventos educativos como ferramenta na luta para recuperar a autoestima das pacientes exigiu a dedicação de oito profissionais, incluindo o fotógrafo. Um lapidador, um cravador, duas artesãs e três ourives totalizaram 300 horas de trabalho na produção da joia, singular desde a concepção até a finalização. "É de fato uma peça especial, pois foi pensada para o bem, para uma causa abrangente", diz a designer.
A jornada da joia que simboliza a força e a delicadeza feminina tem início com o movimento Outubro Rosa, iniciativa surgida nos EUA há 12 anos e que visa a iluminar monumentos como forma de lembrar as mulheres à importância da prevenção contra o câncer de mama. O ponto de partida será Teresina, Piauí, onde graças ao apoio de várias clínicas 500 mulheres pobres podem fazer mamografia sem nenhum custo.
Fonte: Joias.br
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